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domingo, 25 de setembro de 2011

A nostalgia em que vives...

Chuva fina lá fora
Molha aqui dentro o papel
Pela fresta da janela
Entra um vento traiçoeiro
E tudo me gela...

Gela tudo
Até o que me queima no peito
Até o que incendiava minh'alma
E eu me pergunto atônita
Até quando esse medo??

Ah!... porque é tão difícil viver
Olhando nos campos os girassóis
Quando não há neles os sóis
Que deveriam haver...
Tão mais fácil seria
Se o céu fosse sempre azul
De noite, de dia, sem chuva
Ou a chover...

E que bom se as madrugadas
fossem sempre dias
Pra que ninguém conseguisse
se sentir tão só
Pra que ninguém
se sentisse envelhecer
Enquanto as horas passam
bem devagar e vazias...


Ainda bem que haverão outros dias
Avessos à esses dias avessos
E que também serão
dias avessos aos meus medos
Diferente desses dias
Que me deixam em completa nostalgia ...

regina ragazzi


[....]

Cada dia que nasce
a nostalgia percorre
teu corpo e alma
e fica dentro do teu coração!


Vives com olhar distante
vindo até mim,
olhas-me em imagens,
nas palavras e pausas...


O olhar se aproximou
beijas os poemas,
sentes o perfume romântico
de cada um
- viveste dentro deles –
queres evitar de reler e reviver,
mas não consegues,
a nostalgia viverá em ti!

José Manuel Brazão

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