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sábado, 29 de maio de 2010

Hora da saudade


O adeus inevitável, a época em que o coração se parte ao meio, e se deixa levar... Levar pela hora da verdade.

O adeus que jamais pensei que daria. Meu coração que deixou metade de mim para quem foi embora. Ficou a saudade, a solidão traiçoeira, a dolorida ausência...


... Parte de mim foi junto. Adeus! Sei que estará a me guiar. Logo estaremos todos juntos, porque isso está escrito em alguma página da vida que falta ser lida.


As lágrimas falaram por mim, as palavras me faltaram. Chegou a hora de dizer que você já faz falta. A sua viagem te colocou em outra dimensão de mundo, e que a paz seja o seu mais valioso prêmio do dever cumprido.

À hora da saudade é nostálgica, é querer parar o tempo e, por fim, entender que não temos o poder para tanto. A saudade me transporta para épocas não vividas, para lugares ao longe... Como se tudo isso que vivo não fizeste parte de mim.

Graciele Gessner




[...]

Saudades! Quem as não tem?

Gosto de ter saudades de todos os que amo, daqueles que me amam, dos que gostam de mim, dos que me acarinham e que eu procuro corresponder de coração aberto.
Padeço de saudades por aqueles que amo e estão distantes de mim. Alguns, após estarmos juntos, já me deixam nessa situação: com saudades e ansioso pelo próximo encontro.
Por ti, João:

Sinto ambas. Gosto de ter saudades do meu filho, mas como te sinto muito próximo, não padeço tanto!
As minhas saudades por ti são uma cumplicidade com o silêncio e com o Universo!
Quando estou a editar e publicar o Blog és o meu companheiro, porque a flor e a cor que gostas é a rosa amarela. O logo deste Blog é um ramo de rosas amarelas.

Porque és o meu companheiro?
Quando abro o Blog olho logo para as rosas e vejo a tua imagem. Sorrio para ti e as rosas amarelas ficam mais viçosas...

José Manuel Brazão

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A queda - Angústia dum amor


A queda

Do salto dos ares
Engelando os pulmões
Estrelas e aves
Despedem-se em tom fúnebre
Esbarro em limbos e cúmulos alvos...
Chão abaixo dos pés
Poeira engendrando os passos
De ossos e carne, nua e crua..
Espreito o reflexo em seus olhos
Sinal evidente da decepção...

Me perdoe
Por cantar fora do teu tom
Sem dispensar o batom
por rasgar os desenganos
por possuir outros planos
que não se encaixam aos seus..

Me perdoe
Por não calar aos meus ensejos
Não atender os seus desejos
Ser menos você e mais eu...
Me perdoe
Por perder o ar que encanta
Por não ser nenhuma santa
Por exigir o que é meu..

Me perdoe
Ainda que nesses versos
Te leve em meu coração
Mas nesse grande universo
Somos retas paralelas
caminhando em contra-mão..

Me perdoe
Por ser tão realidade
E te falar a verdade
Nua como ela é
Se eu nunca estive entre santos
Se eu não sou mais o teu anjo
Se sempre eu só fui mulher

Sandra Freitas




Angústia dum amor

Foi belo
o amor que te dei
e os momentos vividos,
que não se repetem,
apenas ficam
na memória do tempo!

Foi belo
aquele amanhecer
que gerou dentro de ti,
a paixão, o amor
nunca antes vivido
e que voou
pelo mar imenso
e nos juntou
num sentir
forte,
muito forte,
que parecia eterno!

Um eterno
enquanto durou…

Até anoitecer…

Ficam marcas
desta paixão,
deste amor original,
distante
que uniu corações
que só nós entendemos
e o destino...

José Manuel Brazão

"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida."
Vinicius de Moraes



Alento


Alento

Teu corpo é meu espelho
E nele encontra-se
Cada pedaço de mim
E navego sem naufrágio
Sem medo ou ilusão
Em teu mar sem fim
Nas noites frias, sem luar
Fico horas a lembrar
Nosso eterno enraizar
Olho teu retrato tatuado
Na janela da lembrança
E beijo-te, meu amado
Nas horas de solidão
Firmo-me em tua existência
Pois acalma meu coração
Que bate em disrtimia
No segundo seguinte
Pela nossa alquimia
Quero de ti, o vento
O amor feito, sagrado
Seja sempre meu alento
Tudo nesta vida é ilusão
Mas quando penso em nós,
Você e eu, não!

Luciana Silveira



[...]

Como é bom saber
que me acordas,
me dás a tua bênção,
para um dia feliz!

Como é bom
saber
que à noite
não te deitas,
sem me enviar
os teus anjos
para uma noite feliz!

Como é bom!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Permita-me - Acreditamos...



Permita-me

Essa demora para anoitecer
E dias passam como nuvens
Eu sei que não vou passar
Dias brancos, fios cortantes
Anseio por nossos instantes
Minha palavra é quase nada
Mas esse sentimento é tudo
Circulos vazios de fumaça
No abajour do meu quarto
Neste teclado empoeirado
Cansado de tanto esperar
Você chega com teu olhar
Tocando o cerne da alma
Tua imagem então aparece
E tudo em volta me apetece
Me deixa enfeitar teu corpo
E cobrir de estrelas teu cabelo
Saciarmos a fome do desejo
Aplacar a sede em um beijo
Permita-me te amar.

Luciana Silveira

Sou feita pro amor, da cabeça aos pés, Zé...



Acreditamos...

Acreditamos…

Um amor como o nosso
é sempre possível!

Acreditamos no viver
que existe em nós,
que sentimos o raiar do Sol,
a luz sorridente da Lua,
a paz, a harmonia,
que trouxe este amor!

Amor impossível?

Nunca este amor
foi tão forte,
com chama,
com ajuda entre nós,
nesta união saudável
de encanto,
muito encanto,
em que acreditamos…

José Manuel Brazão





Mensageira de Amor

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O fracasso - Aquele sorriso



O fracasso

Admito, fui forte, até o dia que fui absorvida por um novo sentimento... Eu te queria tanto, mas você não correspondeu. Não me apaixonei por você, porém, aprendi a gostar de você. Acabei indo além, do gostar já estava a amá-lo. Amando sem saber ao certo qual direção tomar, sem saber as suas verdadeiras intenções.


Fracassei nesta relação casual, não consegui-me manter distante, simplesmente me envolvi. Não foi preciso se apaixonar, eu te amei. O fracasso de ter pensado que temos o poder de controlar os nossos sentimentos. Puro engano! O coração sempre acaba ganhando da razão, abrindo espaço para a emoção.

Graciele Gessner





Aquele sorriso

Aquele sorriso
pensava que fosse meu;
ela não mo deu,
mas ficou em mim.

Deu-me
o seu carinho,
a sua afeição,
que florescem
dia após dia,
com vidas,
que nos aproximam
e nos deixam felizes
com este viver!

Não recuaremos
e Continuaremos
este caminho
com a nossa convicção
e determinação!

Assim será!

José Manuel Brazão

terça-feira, 25 de maio de 2010

Descoberta



Respirou fundo.
Chorou.
E foi um pranto tão sentido que era como um êxtase; ao mesmo tempo que doía a nova constatação lhe percorria pela espinha um frio deixando o sentimento de tornar-se especial a partir dessa nova descoberta.
A noite já retornava e uma lua que levitava no céu, iluminava clareando os sentidos e trazendo esperança. Uma esperança esperada mas sofrida...
Sentia-se envergonhada... não por ter cometido tantos erros durante toda sua existência, nem por ter olhado pelo caleidoscópio na tentativa de melhorar o mundo mas por ter fugido sempre do negro não percebendo que a fusão de todas as cores resulta na cor preta. Isso ela não podia ter ignorado. Era por isso essa dor imensa tardiamente sentida. Não poderia passar por cima, queimar etapas e ficar ilesa no momento do insight.
Sentiu-se tremendamente egoísta...por muitas vezes tivera a chance de compartilhar da visão do caleidoscópio e não o fez porque era mais cômodo habitar seu ilusório e utópico mundinho. Como o Pequeno Príncipe solitário no seu asteróide.
Tivera, por alguns minutos, raiva de si mesma...decepção consigo por não poder/saber ausentar-se e deixar as asas guardadas por um tempo. Raiva de não conseguir ficar com os outros no chão. Não precisava ser por muito tempo, ela poderia ampliar seu campo de visão e retornaria ao seu mundo somente para renovar suas forças. Como o Pequeno Príncipe solitário no seu asteróide resolveu sair e conhecer outras coisas fora do seu mundo...Ele descobriu o valor de tudo que possuia graças a sua ousadia e sua ausência temporária. E principalmente descobriu seu valor quando reencontra sua rosa.
Respirou fundo.
Não chorou mais.
O primeiro passo, o da consciência da estupidez do seu ser finalmente havia emergido.
Respirou fundo.
Permitiu-se chorar.
Perdoou-se.
Deu seu último suspiro antes de caminhar rumo ao tempo perdido.
E então como que trilhasse ora por sob estrelas, ora por sob a grama verde seguiu em busca da paz e da luz.
Ora respirando fundo.
Ora chorando.
Mas dessa vez seu pranto causava-lhe um êxtase diferente, era assim como nascer de novo a cada dia e a cada nova descoberta.
Era o começo.

Luciana Silveira



e apareci eu...

Reflectindo sobre a minha Vida e nesta última fase vejo encontros que me estavam pre-destinados!

Alguns se assemelham tanto, que vieram parar a mim sem os procurar!

No tempo e momento certos enfrentei o passado de duas mulheres, que foi violento,vividos e sofridos com marcas, que me inpressionaram e me fez estender a minha mão amiga e solidária!

Sofri o que passaram, por vezes, ao ponto de imaginar como teria sido e envolvendo-me muito com elas!

Não é fácil renovar a estrutura emocional duma mulher vitima de passado violento; ela vive um silêncio como sua própria “defesa” e há que lhe inspirar confiança para que aceitem partilhar o que existe dentro delas!

Consegui que tudo isso acontecesse e vissem em mim, em primeiro lugar o homem para as ajudar!

Durante este tempo os laços afectivos vão se aproximando e começam indícios de que já temos necessidade de nos sentir, isto é, que o distante se torna próximo e convivemos como se estivéssemos na mesma casa!

Para isto haverá total sintonia ao ponto de quase se saber o que outro vai dizer ou quer fazer. Também haverá um total entendimento, que facilitará a vivência diária de cada um!

Estes dois casos que marcam a minha Vida parecem contos de fadas, mas são Vida. Uma realidade de amor incondicional, que leva cada uma das pessoas envolvidas a sentir gratidão, porque deixaram de existir, mas passaram a viver!

Hoje vivo a Vida em plenitude com uma delas!

A que melhor compreendeu que um completa o outro!


José Manuel Brazão


Em cena - Amor crescente


Em cena

Para que quando a vida anoiteça
Eu amanheça
Faço da minha vida de loucura
A cura
Tento aqui um poema de amor
Sem dor
Cerre os olhos e sinta o poema
Me acena
Sinta em mim confiança
Sou criança
Se pensas que ainda é cedo
Sem medo
Tire-me dessa vasta solidão
Do chão
Vamos ver os belos girassóis
Em lençóis
Não argumentes ter calma
Temos alma
Para meu coração que arde
Nunca é tarde
Nem espere que eu te peça
Você começa
Não peça-me para parar
Venha tentar
Porque aquele que nunca voou
Jamais sonhou
E aqueles que sempre ousaram
Enfim triunfaram
Somente enfeite de flores a cama
E ama

Luciana Silveira




Amor crescente!

Pensar em ti
é voar por aí.
Libertar a tristeza
conquistar a alegria,
não me sentir só!

Pensar em ti
é sonhar
com a mulher cautelosa,
sensível, gentil,
generosa,
muito subtil!

Pensar em ti,
é amar
a mulher generosa,
por um amor crescente!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Iris de mim - Teus olhos


Iris de mim

É ela que olha em seus olhos
Que vê sua cor, os cílios
a íris,
a pupila dilatada
a lágrima,
Mas ela não vê que lá dentro deles
está a minha sombra, atrás da alma, fugindo...
É ela que te beija
recebe seus lábios,
toca seus dentes,
sente sua língua ,
Mas ela não sente o gosto amargo e picante
Que eu deixei impregnado na sua boca.
Final de vinho, pimenta.
É ela que te abraça
Percorre seu corpo
Sente seu calor
Seu suor
Mas ela não sabe de todas
as marcas, tatuagens que eu fiz em tua carne,
recortes em suas entranhas
a ferro e fogo.
Embora eu seja uma sombra,
no recôndido da alma,
uma lembrança,
o arfar dos seus suspiros,
um fantasma que não se vai.
Uma marca que não se apaga,
Por alguns segundos
eu gostaria de ser ela, só pra não ter que me ver
fugindo dentro de você...

Sandra Freitas



Teus olhos

Teus olhos
me fascinam,
me encantam!

Teus olhos
falantes,
estonteantes,
sorriem
e essa cor verde,
cria em mim
a esperança
do nosso bom viver!

Teus olhos
são mesmo
o espelho da tua alma!

Eles reflectem
bondade,
generosidade,
amor,
muito amor!

Com uns olhos assim,
quem resiste a dizer:
que bom, que fosses
o amor da minha Vida!

José Manuel Brazão

sábado, 22 de maio de 2010

Devaneios - Tu sabes como amar



Devaneios

Rasga-me
Dá-me teu sabor de pecado
Devasso
Vira-me pelo avesso
Mas diga-me que por mim tens apreço
Diga que eu mereço
Para você não tenho preço
Incendeia-me
Depois, ofereça-me teu colo-berço
Tira-me do sério
Sem nenhum critério
Ofereça-me teu néctar
Parte de teu mistério
Mas sirva-te antes do meu
Sempre preparado para ti, meu Romeu
Então durma em meus braços
Acalante meus sonhos
Nosso planos
Tantos desenganos
Dê-me de presente a lua
Para que eu seja sempre tua
Encha de tesão minha inspiração
Monitore minha respiração
Entre de mansinho em meu coração
Lar de tanta devoção
E depois desapareça
Povoando de ti minha cabeça.

Luciana Silveira



Tu sabes como amar

Ontem
quando te vi,
percebi
seres a mulher
com que sonho!

Hoje
nada te peço,
mas és carinhosa
quando preciso,
confortas-me
quando sentes
as minhas palavras,
mais frágeis.

Lembras-te
era bom estares aqui!

Amanhã
mais unidos seremos,
firmes caminharemos,
porque
tu sabes como amar!

José Manuel Brazão

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tempestade - O choro pode durar uma noite...


Tempestade

Choro minutos e horas

Não em goteiras fingidas

Choro em rios, cascatas

Choro a tua partida

Choro tantos outonos

Choro em choro canção

Choro o inverno alentado

Pela ânsia do verão...


Choro pelos segundos

Que choras longe de mim

Choro pela presença

do seu orgulho sem fim.

Choro pela tristeza

De não poder te tocar

E pela primavera

Que parece não chegar.

Choro por essa chuva

que parece não passar


Choro o dia todo,

por todo o início do fim

Choro escondida em você

e você dentro de mim...


Sandra Freitas



O choro pode durar uma noite…
mas a alegria vem ao amanhecer…


Pela noite
vem a magia,
o silêncio,
a reflexão!

Vem a a Lua,
com a paixão
e o amor!

Vem a nostalgia,
com a tristeza
e o choro!

Vem o sonho
de ideais, ambições,
lutas:
conquista ou derrota,
mas com a esperança
que o amanhecer
traga a alegria
de um novo dia,
que faça esquecer,
aquele choro…!

José Manuel Brazão

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor - rara flor .... A lua a contemplar



Estas lágrimas de chuva que caem agora
Não me convencem que devo ser triste
Por essa distância que nos separa, meu amor
Pelo contrário, elas lembram-me água que escorre
Cada vez que sinto tua presença em meu corpo
Lembrança de momentos belos vividos
Intensamente sentidos e absorvidos por nós
Essa chuva teimosa, que produz frio exterior
Não alcança o que vem de dentro, que é esse amor
Elas teimam em cair, mas meu cerne não alcançam
Pois ainda queima em mim nosso amor abrasador
E mesmo o mar, esse imenso e salgado senhor
Lembra-me são teus olhos, eternidade constante
Canta-me fados, rios que desaguam em mar
Esperarei sempre o que há de vir, amor meu
Com uma calma e graça de coisas que vêm da alma
Então durmo serena, certa de que estudante ainda sou
Desse amor que emerge e vem da mais rara flor.

Luciana Silveira



A Lua a contemplar!
Pensei na alegria,
que não tens,
mas que me dás,
quando comigo estás!

Entendes
como um carinho,
que me conforta,
me serena!

Como te compreendo!

Tens
um coração aberto,
para me oferecer
aquilo que procuro…

Entendes
que preciso esquecer
um passado sofrido,
com marcas na alma,
e levar-me
por um caminho
com esperança
e harmonia
onde encontrarei
o que procuramos:
paz, amor
e o Sol a sorrir
e a Lua a contemplar!

José Manuel Brazão

Petição de inverno - Paz no reencontro


Petição de inverno

Abre a porta meu amor,
que o vento cortante do inverno
tem sido meu algoz
na caminhada.
Minha chama quase se apaga.
Tenho luz nos dedos
pra tocar teu coração
E um bocado de lenha
pra aquele banho a dois.
Não deixemos pra depois.
Abre a porta meu amor
Que o tempo está a passar
No ímpeto de nos deixar
frios e sós.
Quero teus nós a me apertar
que a brasa que há em ti
sozinha não há de durar.
Não se feche de mim
Embora eu tenha errado,
E muito te magoado,
Se não nos unirmos
nos incendiarmos
morremos os dois
assim separados....
morremos nós dois
assim congelados..

Sandra Freitas




Paz no reencontro

Suspirámos
no tempo,
a busca dessa paz,
que nos fugia,
quando antes
permanecia em nós!

Buscámos
no tempo,
a razão dessa ausência!

Lutámos
no tempo,
pela sua reconquista!

Reencontrámos
neste tempo,
tu como anjo meu
e eu como anjo teu,
essa paz rejuvenescida
com tudo que a compõe:
a compreensão,
a tolerância,
a amizade,
tudo
com muito amor!

Um encanto que voltou
por uma esperança
nunca perdida,
porque ficaram em nós,
as raízes desse amor!

José Manuel Brazão

Deixando louca! - Este amor é louco!



Deixando louca!

Nunca acreditei que o amor e a dor pudessem andar juntos, ou mesmo se torna um só sentimento, como se unidos para demolir tudo que seja belo da vida.


Contudo, desta vez era diferente. Ela estava apaixonada por ele e tentava desesperadamente encontrar algumas respostas para as suas próprias dúvidas. Existia uma forte atração entre eles, que o momento era de cautela. Esta era a primeira vez de muitas coisas...

Ele tinha o dom de tirá-la fora de si. Os corpos nus tremiam de desejos. Deixando ela com o corpo a arder de febre.

- Você está me deixando louca! – foi tudo que ela conseguir dizer.

O corpo se contorcendo todo debaixo dele. A mente e a alma já não pertenciam mais ao corpo dela, estavam distantes daquele corpo em febre. Foi então que ela descobriu que podia se deixar levar facilmente; era só se permitir a esta loucura.

O inevitável, gemidos de prazer soavam pelos quatro cantos do ambiente, unhas enfiadas nas costas dele, e o querer e o desejo avassalador invadindo os corpos... Um prazer fora de controle. Por fim, o incontrolável era saciado, um grito surgiu, a satisfação de ambos, a febre que ardia inicialmente foi solucionada.

Graciele Gessner


Este amor é louco!

Amo-te
e desejo-te
como nunca amei
ou desejei alguém!

Sei que me amas,
e me desejas!

Este amor é louco,
porque sofremos
com paixão e amor,
que vivemos
em pensamentos,
e sentimentos,
ficando nesta loucura,
à procura
do amor sonhado
que só nós entendemos!

José Manuel Brazão

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Doce prisão - Tu és minha!


Doce prisão

Tudo o que escrevo
Sem medo
Esse amor calado
Flui em meus versos
Meu amado
Quando a brisa chega
É seu cheiro que sinto
E quando digo chega
É para mim que minto
Esse amor desvairado
Esgarça minha solidão
E é em suas mãos
Que anda meu coração
Doce prisão
Essa nossa liberdade
Sempre teremos vontade
E nos corpos um do outro
Saciaremos esse desejo
Cobrindo-nos como num beijo
Proponho um pacto
Como testemunha, a lua
És meu
E sou tua

Luciana Silveira


Tu és minha!
Somos
eternos amigos,
companheiros
e amantes!

Sinto-te
a qualquer hora,
em todos os instantes,
neste lindo amor,
como nunca tive!

Amor com desejo,
deixando
para outro momento,
o prazer…

Sentes
a confiança que precisas,
o conforto do meu olhar,
das minhas palavras!

Muito nos separa,
muito nos une,
mas
tu és minha!

José Manuel Brazão

E o verbo que se faz carne... - Amor por ti



E o verbo se faz carne...

Faz seu estoque de versos
De palavras soltas,
pedaços de mim.
Come as sílabas que lhe dou
em meu prato de ilusões.
Sorve a canção que há nelas
em minha taça de sonhos.
Mas lembra-te que te alimentas de mim
Que serei o sangue em suas veias,
O ar em seus pulmões
Serei eu, os músculos contraídos e rijos,
O gosto salgado das suas lágrimas.
Serei eu cosmicamente infundida em suas células
a cada poema meu.
e quando olharem nos seus olhos
é a mim que verão
pulando, dançando, pulsando...

Sandra Freitas



Amor por ti

Amo-te
e sempre te amarei!

Somos
um para o outro!
Tu mulher de paixão
eu suando amor,
dá um grande amor!

Vivemos este amor
em nossos silêncios,
com sofrimentos,
com lutas interiores,
mas com corações
entregues a este amor,
arrebatador,
lindo e profundo!

Sofres muito
por mim!
Vês duas pombas a voar
e acenas para a favorita!

A da Paz!

Já poisou
muitas vezes no teu ombro
e tu choras
por tanto carinho
e por não a levares contigo!

Sabes
que ela voltará
todos os dias,
à mesma hora
e aparece a tua alegria
dum amor vivido,
conquistado!

Continuamos
os nossos silêncios,
sempre com saudade,
até ao momento
em que este amor,
será amor eterno …

José Manuel Brazão

terça-feira, 18 de maio de 2010

Transformação - Ausência



Transformação

Nessas tardes frias e cinzentas
Onde o céu parece desbotado
Sinto em meu peito grande frio
A vida parece nado sincronizado
Onde as horas arrastam-se
L E N T A M E N T E

No varal da minha alma
Dependuro sonhos
São multicoloridos
Faíscas fascinantes
Nunca vistos antes
Por olhos comuns
Estão lá
Flores diversas
Rosas vermelhas
Lírios violetas
Miosótis azuis
Girassóis amarelos
E uma derradeira
Flor-de-lis branca

Minha saudade estanca

Em minha alma latente
Sangue quente corre em minhas veias
Aquecendo o dia monótono
A poesia brota de pequenos musgos
Transformando-se em flores coloridas

Um beija-flor atraído, beija e pousa

Luciana Silveira



Ausência

Nesta tarde gélida,
sinto a tua ausência!

Sento-me
junto à lareira,
recordo o passado,
com fotos.
Cada uma tem
significado,
momento,
ou evento!

Por mais voltas
que dê ao passado,
não devo continuar;
sentindo a tua ausência!

Cresce a saudade
e a minha vida anoitece!

José Manuel Brazão

Virá - A tua gratidão



Virá
Abro a janela dos meus sonhos
Por entre as frestas, arriscam-se luzes
Desejos cintilam em azuis violáceos
Arrisco uma nota sol em meu vilolino imaginário
Estrelas cadentes pousam neste instrumento
Então, nada mais causa-me tormento
A voz do vento a susurrar
Eternizado em nosso bailar
Pedaços de uma vida solidária
E, hoje vejo, nada solitária
Ver vir o sentimento inerte
Agora, sim, sempre
É querer queimar-se em fogo brando
É saber-se nascida para doar
É saber que virá
E virá, e virá...
De ti, quero o corpo e o alento
De resto, quero-te em mim.

Luciana Silveira



A tua gratidão

Como existe em ti
o belo sentimento
da gratidão,
a tua gratidão!

Encontrei-te
nas cinzas da vida,
desfeita,
ultrajada,
consumida,
desorientada,
sem um rumo
para o teu caminho de vida!

Viveste
muitos sofrimentos,
silêncios, angústias,
tristezas,
incertezas,
dores de Alma,
Quase destruída!

Ajudei-te
com as minhas forças,
retirei-te das cinzas,
sarei feridas,
retirei medos!

Renasceu
em ti, outra mulher,
que sentiu Luz,
não mais se sentiu só!

Aprendeste
o rumo para caminhar,
passaste a acreditar,
Em ti e na vida,
e que um dia
a Luz voltaria, para ficar!

Enriqueceste
a generosidade,
a bondade,
o carinho e o perdão!

Tu e Eu
sempre unidos,
ganhámos afeição,
amor,
muito amor,
que ambos carecíamos!

Um amor sem limites,
sem nada pedirmos
e tudo darmos!

Um amor lindo,
que só nós entendemos
e Deus…

Não sabemos o Destino,
mas ajudámo-nos muito:
um completa o outro!

Mas não esqueças a gratidão!

De mim,
Aqui ou Além… no Infinito,
ouvirás o eco das minhas palavras:
“Oi, amoreca!”
e sentirás a minha presença,
para tua serenidade!

José Manuel Brazão

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Distração - Amar-te-ei para sempre!



Distração

O meu amor é distraído, nem imagina como vivo por ele, que em noites de lua cheia, a água em mim serpenteia e vai e volta batendo no espelho em que me olho para que ele me veja. O meu amor é ocupado, nem sabe como e o que faço para o entreter em minhas teias, para que ele se lembre que eu existo e estou aqui e fervo. E não sabe como eu me pinto e bordo, como me enfeito, e, para todo o efeito, permanece sem saber. Sem saber das veias, das meias em que me enfio para aquecer meu frio, e não sabe que eu ando também distraída, às vezes me sinto traída e isso tudo porque ele dorme. E ando pela casa de um lado para o outro, vou à varanda, me espreguiço na rede e quando olho a cidade, pontinhos brilhantes ao longe é seu olhar que vejo, a desfilar e dançar bem em frente a mim. Meu amor não sabe que vou ao quarto, abro o armário e boto pra fora todos os cheiros, todo o esmero, toda beleza guardada em potes de diferentes formas como é diferente a forma como o amo. Ele não me vê em meu atelier desfiando tintas e sonhos e nem dá atenção aos poemas, onde me exponho. Meu amor não sabe que em meu pensamento eu o invento, eu o transformo e ainda penso em rebentos. Ele nem sabe que depois de suspiros e providências, penso umas indecências, subo pelas paredes, escrevo cartas de amor. Meu amor não imagina que ando voando por ruas desertas, sempre alerta ao que há de vir. Ele não sabe porque me conhece bem. Meu amor é assim mesmo, distraído. Nem escuta o estampido que vem do meu coração, que é dele.

Luciana Silveira



Amar-te-ei para sempre!

Um amor assim,
vivido
e alimentado por mim,

de quem ama com alma!

Um amor
no tempo em silêncio,
na memória do tempo,
com lágrimas
guardadas na alma
e outras
escondidas na sombra da Lua!

No resto do meu caminho,
até final desta vivência,
amar-te-ei para sempre!

José Manuel Brazão

Meu coração é teu!



Não me dás teu coração,
nem um pedacinho sequer;
pensava que guardavas
o meu amor
num cantinho qualquer!

O meu coração
derrama lágrimas,
amor e quer
ser teu, só teu!

José Manuel Brazão



...

Da vida por certo
é doce este arranjo
que malgrada
não mereço
esse coração de anjo

São doces teus afetos
e aconchegantes carinhos
Não fie na tristeza de chorar assim sozinho.
No meu coração que bate
tens inteiro um cantinho...

rsrsr..bejinhos anjo meu...

Sandra Freitas

A Poesia é livre e podemos sorrir com as palavras!

Momentos



A vida é feita de momentos
Pequenas alegrias ao longo do dia
Um telefonema, uma poesia
Um mimo, um "mais que dar amor"
A vida passa depressa
E com ela nossos sonhos
Devemos beber o cálice dos bons momentos
E deixar de acomodarmo-nos com o tédio
Com aquilo que nos machuca e incomoda
A vida bem vivida é música suave
É beijo longo ao luar de luz intensa
A vida é leve brisa passageira
Com pitadas de alegrias passageiras
Mas que quando sentidas profundamente
São impressas no corpo e na alma
Tornando o intervalo entre essas alegrias
A nossa melhor e maior festividade.

Luciana Silveira



Estou aqui,
mas por momentos,
saio, voo,
procuro novos caminhos,
novas mentes,
novas ideias.
Paro
e contemplo o horizonte,
parece-me infinito!
Não vejo ninguém,
mas sinto alguém!
É o amor
que não me deixa
e partilho-o:
com quem encontro;
uns sorriem,
outros perturbam-se!
Reflexos:
dum mundo distraído,
egoísta,
de costas voltadas,
com poucos guerreiros,
na luta dum mundo melhor!
São momentos,
para a minha esperança.
De tristeza,
mas com a certeza,
que sou um dos guerreiros …

José Manuel Brazão

domingo, 16 de maio de 2010

A noite veste-se de desejo - Abriu a noite



A noite veste-se de desejo

Na delicadeza
com que a tarde
se despede,
o corpo ganha
a vontade
de se estender
no horizonte.
Fecho os olhos
e embalo-me
no teu sorriso.
Sei que me anseias
nos teus braços.
Sei que vais alterar
o tempo
antecipando o gesto
da tua boca na minha.
Sinto que sou o espaço
que liga o real ao sonho,
que sou o corpo
onde te deitas
e descansas a alma.
Serei o que quiseres,
enquanto matarmos a sede
da mesma fonte.

O sol põe-se,
a noite veste-se de desejo.

Vanda Paz



Abriu a noite

Abriu a noite
e tive um sinal!

Passou tempo
sem a tua voz,
as tuas palavras
que me alimentam
a Vida!

Saudades,
muitas saudades,
do teu encanto,
do teu carinho,
dos teus olhos
cheios de esperança,
do reencontro
do nosso amor,
que sentimos
fortalecido,
muito querido
e muito amado
em nossos corações!

De mãos dadas
prosseguimos
o nosso caminho,
sem destino,
sem olhar para trás!

José Manuel Brazão

Brado - TU e EU somos UM!


Brado

Meu grito sai sufocado
É um brado, quase calado
Mas implora teu socorro
Para que eu não desatine
E perca o controle
De algo que nunca tive
E que agora suplico
Dá-me água de beber
Minha sede é imoral
Posto que sou reles mortal
Dá-me alimento a ingerir
Minha fome é a imensidão
Deste céu sem fim
Dá-me poemas a deglutir
Minha ignorãncia é pura
Como o sorriso de uma criança
Dá-me sorrisos a distribuir
Antes que eu veja o dia ruir
Meus anseios me consomem
Faça de ti meu homem
Porque sou tua mulher.

Luciana Silveira



TU e EU somos UM!

Amo-te
e não liberto
esta paixão
que não abandona
o meu coração!

Amas-me
e não libertas
essa paixão
que não abandona
o teu coração!

Tu e eu
somos um,
na paixão
e no amor!

José Manuel Brazão

sábado, 15 de maio de 2010

Penumbras - Esqueci!



Penumbras

Que dizer?
Se não, que esqueci de esquecer
todas as horas em que nos demos um ao outro.
Que é uma mortalha, esse amor que carrego,
que me pesa os ombros, mas aquece a noite.
Que dizer?
Se mentistes a ti e a mim.
Se de fato nunca houve amor em teus olhos.
Que dizer?
Se foi culpa e não desejo.
Se me ocultaste em teu coração
Frio e duro, por covardia e não amor.
Que dizer do ciúme que ainda me causa,
os olhos da luz sobre ti.
Da dor que meus dedos reclamam, por nunca mais te tocar.
Loucura.
Insensatez.
Pérfido sentimento, que engole os meus dias.
Crueldade sem fim da vida.
Antes jamais visse a o dia, que ter te olhado a primeira vez.

Sandra Freitas



Esqueci!

Tua imagem
andava comigo
dia e noite
e nada nos parava
ou calava!

Um dia
surgiram dúvidas
se era paixão
ou amor?

No amor
Não podem existir dúvidas!

Paixão na vida
senti algumas!

Amor
por mulher
apenas
as que mereci,
dando
tudo de mim,
o corpo e a alma!

Dei mais do que recebi,
mas não importa;
enquanto viver
serei assim!

Com a mulher
que marcou o meu tempo,
com intensidade vivi
e no seu “acordar”,
reagi:
disse adeus
e esqueci!

José Manuel Brazão

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Doce espera - A espera


Doce espera

Olho ao meu redor
Vejo poesia no sol, na lua
E nas lágrimas da chuva na janela
Que acompanham minha constante espera
Em minha mente, você, doce quimera

Fecho os olhos
Penso em teu abraço envolvente
Sedento ( ambos)
Num lampejo de um distante-caloroso
Coro ( rubras faces)
Imagino teus lábios nos meus
Famintos ( duplo instinto)
Nossa pressa e calma
Sinto ( arrepios na alma)

Em minha vida complexa
Tua ausência é prenúncio
Das almejadas horas vindouras
Onde só há completude
Nossa maior virtude.

Luciana Silveira



A espera…

Espero,
espero sempre
que chegues,
com o teu sorriso
e com as palavras:
oi, amor!

Daí,
trocamos muitas palavras,
com afectos, carinhos,
vividos,
sentidos
e amados!

Cada dia
nosso amor
cria
uma eterna paixão,
que o tempo não pára,
e nós também não…

José Manuel Brazão

Dor/mente - Porque não vives?


Dor/mente

A tristeza desfolha-me lentamente.
Cada canto latejando
Lágrimas em soluços.
Choro estancado
as pressas.
Lâmina rasgando
em postas.
Coração sem respostas.
Nefastos,
pedaços
caindo ao chão.
Papel e palavras
me ascultam...
Sílabas recolhem meu silêncio.
Poemas me olham receosos..
Hoje não versos de sonhos,
Ilusórias imagens de amor.
Nem ensejos, nem desejos.
Olhos marejados
água salgada,
face em rubor.
Hoje apenas dor
Pungente
Latente
Dor/mente.

Sandra Freitas



Porque não vives?

Mulher sorridente,
doce,
de amor ardente,
porque não vives?

Tens medos,
hesitações;
agarrada ao passado,
que já passou!

No presente
liberta as amarras
que trazes contigo
e dá-te à Vida!

Mostra
que tens muito amor
para dar
e queres receber
de quem te compreenda
e te ame!

Mostra
que não queres o Outono
na tua vida
e esperas florescer
com uma primavera
de muita flor,
de muito encanto!

Mostra
que queres viver…

José Manuel Brazão

Com você sinto Paz - Anjo meu



Ah, muito tempo não sentia esta paz num relacionamento! Como esta que estou vivendo contigo, que é capaz de causar inveja para outras pessoas. Chega até assustar! Não sei se é apenas afinidades, ou qualquer outro motivo; mas não posso deixar de registrar este momento tão singular.


Namorar é tão bom! Estar contigo é melhor ainda. A paz que consiste em nossa relação, jamais havia conhecido com outra pessoa. Existe uma cumplicidade, liberdade e confiança. O mais importante: como foi bom ter conhecido você!

Graciele Gessner

Anjo meu

Anda comigo
a tua imagem:
sempre!

É noite
e neste silêncio,
olhei para o céu,
descortinei a lua,
fixei-a;
noite de luar,
com estrelas brilhando,
deslumbrei-me
porque pareciam
iluminar o meu corpo.

Olhei a tua imagem,
também estava iluminada.

Fechei meus olhos
com a luz intensa.
Desfilaram na minha mente,
muitos anjos.
Um deles desceu mais
e nas imagens mentais,
vestias de anjo!

Voltei para o meu cantinho
e o meu Anjo
pertence ao Universo.

Na Terra
tu és o anjo meu!

José Manuel Brazão

Neon - Pássaro do Amor


Neon

Vejo um mundo diferente
Mundo azul, todo ele neon
Um pássaro desliza
O céu protege
O vento leva
A paisagem camufla
E aqui, nem sequer sei voar
Completamente deslumbrada
Contemplando essa cena
Vislumbro o céu
E, no entanto,
Ao sentir a brisa desfaleço
Sim, minha alma
Livre do corpo desliza
E assim sou forte
Sou pássaro neon a deslizar
Sou vento e paisagem
Amanhece...
E meu corpo cobra a alma.

Luciana Silveira




Pássaro do amor

Voo por aí,
vales, montes,
terras e mares.

Em cada sítio,
paro.

Deixo
alegria,
uma palavra,
um carinho,
um afecto,
força de viver!

Deixo
uma lágrima,
um consolo,
uma esperança!

Sou
um pássaro do amor
com figura humana,
com a voz do coração,
deixando um rasto de luz!

José Manuel Brazão

Não somente isso... - O Amor é assim...



Não somente isso...

As palavras ditas, muitas vezes escritas, proferidas ao vento chegam assustar. O que poderia esperar? Pensar que era apenas mais uma aventura, tirando proveito do corpo, do momento. Ou então, assumir que o amor te flechou é realmente difícil. É claro que o ato do amor é ótimo. Penso até que seja uma necessidade do corpo e a tranquilidade para a alma. Mas onde fica o coração? O coração precisa do amor. Não somente isso, mas além do contato físico, há de existir lá no fundinho algum sentimento.

Graciele Gessner


O amor é assim…

Seguia o meu caminho,
sem destino,
mas pensando
na Luz que me guiasse!

Enquanto não apareceu
fui andando,
andando…

Parava
e olhava
e pensava
no caminho
percorrido na Vida,
nesta Vida!

Surgiu grande “pedra”
em forma de Mulher!

Fez-me parar!
Parecia
não me deixar,
nem me afastar
ou continuar!

Que desejaria ela?

Que queres “pedra”?
Porque me barras o caminho,
que desejo seguir!

Amor:
este é o encontro
do desencontro!
O Amor é assim…

Lembrou-me
o passado
que eu conhecia
e que ela viveu!

Fiquei junto dela,
recordando
o que a Vida nos dá
e que distraídos,
não compreendemos,
não agarramos,
não fortalecemos!

Mas o amor é assim…
Cega-nos
e só voltamos a ver
com a tal Luz,
quando se dá:
o encontro
do desencontro!

José Manuel Brazão

A Lua, sempre a Lua... - Este amor nas costas da Lua


A Lua, sempre a Lua...

A lua, sempre a lua,
A me rondar espreitando meus sentimentos
Esmiuçando o íntimo do meu ser ínfimo
Aquela que me cobre, me embala, me distorce
A lua irradiando-se sem me pedir licença
Acalentando meus doces sonhos delirantes
Como que me sussurrando ao ouvido segredos
Enchendo-me de graça, diante de seu explendor
Lembrando-me da imensidão das galáxias
Cantando-me ao ouvido belas canções de amor
Lua, companheira do meu romantismo embutido
Acompanhando-me desde a mais tenra idade
Inundando-me de prateada e sinuosa saudade
Atirando-me em verdadeiros poços cristalinos
Refletindo como um espelho minhas quimeras
Lembrando-me o sabor das emoções vividas
Lua vívida, cheia, transbordando sensações...

Luciana Silveira

Este amor nas costas da Lua

Este amor
vivido
nas costas da Lua,
muito sofrido
e num silêncio
que só nós sabemos
e compreendemos!

Ninguém
nos roubará
a cumplicidade,
a paixão vivida
de um amor sem igual!

Dias angustiantes
pela saudade sentida,
noites delirantes
pelo reencontro
destes amantes,
que a Vida
os encaminhou
para este grande amor,
perturbante
mas consolador…

José Manuel Brazão

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poeta e Coração poeta



Poeta

Trazes a poesia enraizada
em terra de palavras,
regada de sentimentos
e ansiosa de musas inspiradoras
que te alimentam o ego
e te fazem forte como árvore
que não verga com os ventos.

Mas as lágrimas
são a poção mágica
de tudo o que é mais belo.

E o sorriso
o barco que te leva
o poema à volta do mundo.





Vanda Paz




Coração poeta

Vives, escreves,
usas as palavras,
sempre,
sempre com o coração!
Mulher de paixão,
sonhas a vida,
com magia, alegria,
sempre com o coração!
Amas
o som dos pássaros,
amas
o som do mar,
envolves-te com as ondas,
abraça-las com amor.
Amas
o horizonte,
as pessoas …
Acaba o sonho!
Vem a ilusão …
Viverás
sempre com o coração;
coração poeta …

José Manuel Brazão